2015 chegou e a esperança de novos tempos para a
Portuguesa fica cada vez mais longe da realidade. Em situação crítica, o clube
do Canindé passa por uma crise financeira e moral sem precedentes. Greves de
funcionários, clube em estado de abandono, estádio sem manutenção... os
problemas extracampo se acumulam, assim como as dívidas com jogadores e a
inoperância de sua diretoria. Diante de um momento tão sombrio, vale a pena
relembrar um momento glorioso da Lusa – e nem tão distante assim.
O ingresso que ilustra este post
foi adquirido em um dia histórico. Foi a primeira vez na qual fui ao Canindé e
o vi tomado por uma multidão rubro-verde. Mais de 12 mil torcedores
acompanharam a partida contra o Sport, pela Série B do Campeonato Brasileiro. A
expectativa era justificada: a Portuguesa estava prestes a se tornar campeã
nacional.
O empate por 2 a 2 deu o inédito título
ao clube rubro-verde, que ganhou o apelido de Barcelusa – tamanha sua
superioridade sobre os rivais. Tempos em que Edno (‘Peledno’), Ananias (‘Ananiesta’)
e companhia faziam a Lusa ser temida em campo. Que contraste com os tempos
atuais...
O ingresso que ilustra este post
é, por si só, histórico. Afinal, não é todo dia que se vê a Portuguesa campeã.
E muito menos com a oportunidade de acompanhar a partida decisiva com Roberto
Leal a poucos metros de você – e ainda ganhar um abraço emocionado do cantor
logo depois do apito final. Para completar, ainda houve distribuição de brindes
ao público, e saí de lá com o meu depois de uma autêntica disputa de MMA.
Hoje, a Portuguesa junta os cacos
para não passar vergonha no Paulistão. Aquela época de festa passou e
certamente vai demorar muito para voltar. Resta olhar para este pequeno cartão
e fazer uma viagem no tempo para relembrar os dias de glória.