sexta-feira, 23 de maio de 2014

Massacre espanhol? O que vale mesmo é o carisma do Taiti



A menos de um mês do pontapé inicial para a Copa do Mundo, a expectativa já toma conta deste que vos escreve – não apenas pelo lado profissional, mas também pela ansiedade de tentar assistir a uma partida do Mundial in loco. Em 2013, a Copa das Confederações foi um belo aperitivo do que virá e, embora eu não tenha ido ao estádio para acompanhar a competição, ela tem seu espaço garantido na minha coleção de ingressos.

Se por um lado tive a satisfação de trabalhar na cobertura de um grande evento esportivo, por outro ficou uma pontinha de frustração; afinal, queria muito ver algum joguinho da Copa das Confederações, ainda mais com os relatos das aventuras vividas pelos amigos. E foi na redação que ganhei um belo presente do chefe Vinicius Mesquita: um ingresso de Espanha x Taiti, devidamente guardado como uma pequena relíquia.

Para os taitianos, disputar a Copa das Confederações foi a maior glória de sua história futebolística. A equipe da Polinésia Francesa sagrou-se campeã da Oceania em 2012 e veio para cá sem grandes esperanças. Enfrentar a campeã mundial Espanha no Maracanã, sem dúvida, foi um sonho realizado para atletas que dividem seu tempo entre a bola e seus empregos – o elenco contava com um contador, professores e até um alpinista.

Claro que a torcida adotou o Taiti como seu xodó. A simpatia apresentada pelos jogadores desde sua chegada ao Brasil cativou ainda mais o público, que teve até o herói Super Taiti (não é, Renato Rocha?) como uma mascote, digamos, pouco convencional. E ninguém, por mais fora da realidade estivesse, imaginaria algo diferente de uma goleada espanhola para cima dos polinésios.

E assim os gols saíram com naturalidade. Mesmo com um time misto, a Espanha tratou de abrir um 4 a 0 ainda no primeiro tempo. A Fúria voltou do intervalo com maior sede de gols e fez mais seis, dando números finais à peleja. A goleada de 10 a 0 nem arranhou a lua de mel entre brasileiros e taitianos, que já haviam apanhado da Nigéria (6 a 1) e levariam de 8 a 0 do Uruguai. Os placares pouco importaram; o título de seleção mais carismática já estava nas mãos do Taiti.

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