Sexta-feira à noite. Perspectiva de chuva. Argentina x
Brasil na TV. Ingredientes perfeitos para ficar em casa e se refestelar no
sofá, certo? Bom, pode até ser, mas não para mim. Troquei o jogo das
eliminatórias da Copa-2018 por algo mais interessante – e não me arrependo.
Fui para Osasco para acompanhar
Oeste x Criciúma, um duelo direto entre equipes que brigam contra o
rebaixamento para a Série C. Com seu estádio em reformas, o time de Itápolis
manda suas partidas da Série B 2015 na cidade da Grande São Paulo. Obviamente,
as partidas têm público beeem pequeno.
O jogo contra o Tigre não foi
diferente. Quem olha o borderô se assusta: 5.080 ‘pagantes’, mas o público real
era de umas 200 pessoas. ‘Culpa’ de uma promoção na qual você consegue um
ingresso em troca de duas garrafas pet. Como geralmente acontece nesses casos,
eu esperava pegar uma boa quantidade de bilhetes.
A expectativa se cumpriu, e ainda
com uma surpresa. Basta ver a foto do ingresso no início do post. TODOS eram
sobras de alguma partida do Sport e, como estavam sobrando (imagino eu), foram
impressos para o Oeste mesmo. Para disfarçar, colaram a imagem de uma bola em
cima do escudo do time pernambucano, mas não deu muito certo... E surgiu assim
mais um surrealidade geográfica.
Pegar esses ingressos peculiares não
foi difícil – complicado foi encarar a chuva torrencial que caiu na região do
estádio. Para quem não conhece, o José Liberatti fica no Jardim Rochdale, área
que sempre alaga com a chuva mais leve possível. Felizmente, desta vez não
houve enchente. Após o empate por 1 a 1, voltei para casa com a sensação de
dever mais do que cumprido. Seleção? Ah, o VT me mostrou que fiz bem em sair de
casa.