Última rodada do Campeonato Brasileiro-2013 e último jogo oficial para fechar meu calendário. Nada melhor do que ir ao Canindé para acompanhar uma partida da Portuguesa, que (ainda) não corria risco de rebaixamento, contra o Grêmio, já classificado para a Libertadores. O que meus amigos e eu jamais imaginariam era que estávamos prestes a testemunhar um momento histórico - infelizmente, negativo para a equipe rubro-verde.
Antes de me acomodar nas arquibancadas do Canindé, aproveitei para degustar um lanche honesto e pegar alguns souvenires que o pessoal da Lusa estava distribuindo. Devidamente preparado, encontrei os amigos Fernando, Milton e Paulo prontos para assistir ao pontapé inicial. Como de costume, ganhamos a companhia do Cosme quando a pelota já rolava pelo gramado.
Portuguesa e Grêmio fizeram um jogo daqueles indicados para curar insônia. Um 0 a 0 modorrento se desenhava por ali e nossa preocupação, que já era grande, ficou quase completamente voltada para os demais resultados da rodada. As atenções, como não poderia ser diferente, ficaram para as situações de Fluminense e Vasco, maiores ameaçados pela degola. Para mim, ainda pintou a oportunidade de pegar o ingresso da foto, esquecido por um torcedor.
O jogo se arrastava no Canindé e um detalhe passou batido por todos: a entrada de Héverton a cerca de 15 minutos do fim da partida. A entrada do meia da Lusa, que não mudou em nada o panorama da peleja, mais tarde se revelaria como o maior vacilo que a Portuguesa deu em todo o Brasileiro. O 0 a 0 se confirmou no placar, Fluminense e Vasco foram rebaixados e tudo estaria perfeito se não fosse uma questão: Héverton nem deveria estar no banco de reservas.
A escalação irregular do jogador causou a perda de quatro pontos à Portuguesa, que entrou para o grupo dos rebaixados à Série B. O Fluminense se safou de disputar a Segundona em 2014. E todo aquele momento de alegria visto no fim do jogo do Canindé se transformou em ira, lágrimas e protesto.
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