terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Mulheres, goleada e Pacaembu às moscas

Muita gente só se lembra que o futebol feminino existe apenas durante as Olimpíadas. E quando a seleção brasileira perde a chance de disputar a medalha de ouro, chovem críticas às jogadoras. Só que, na hora de incentivá-las e dar o apoio de que elas tanto necessitam, a grande maioria pula fora. A grande imprensa e o público ignoram completamente os torneios femininos disputados por aqui, mas são os primeiros a apedrejar as atletas que mal aparecem nos jornais, TVs e portais nas derrotas. Valorizar os campeonatos locais é o primeiro passo para desenvolver o futebol feminino no país, encorajar mais meninas a jogar e criar uma torcida mais responsável e consciente.

Desabafo feito, vamos a mais um ingresso da minha coleção. Este é bem raro por alguns motivos. Geralmente, a entrada é gratuita em partidas de futebol feminino. No Campeonato Paulista, por exemplo, basta se preocupar em pegar um bom lugar na arquibancada para acompanhar os jogos. Na Copa do Brasil, a história é outra – e foi assim que este ingresso do duelo Centro Olímpico x Kindermann (SC) veio parar na minha lista.

Outras peculiaridades marcaram este jogo. O duelo foi disputado às 19h30 de uma segunda-feira, um dia completamente atípico para uma partida de futebol. Apesar do excelente horário, o público foi de pouco mais de 200 pessoas. Dentro do Pacaembu, porém, a sensação de completo abandono criava uma atmosfera triste. Certamente muitos que passavam pela praça Charles Miller naquele horário nem imaginavam que a bola estava rolando lá dentro do estádio.

E havia um brinde para quem comprou o ingresso: no intervalo, foi sorteada uma camisa da Maurine, lateral direita do Centro Olímpico que já vestiu a camisa da seleção brasileira e é considerada como uma musa – ainda mais após fazer um ensaio sensual. Como fui ao Pacaembu com mais alguns amigos, todos estavam na expectativa para levar o brinde para casa. Infelizmente, nenhum de nós ganhou, mas passou raspando.


Vale ressaltar que o público (formado em sua grande maioria por parentes e conhecidos das jogadoras) acompanhou uma goleada por 6 a 0 do Centro Olímpico, que deixou encaminhada sua vaga para as semifinais da Copa do Brasil – quando foi eliminada para o Vitória-PE. Também acompanhei este jogo (1 a 0 para o Vitória), mas não tenho o ingresso dele. No fim do ano, consegui outro com muita sorte, mas esta é uma história para outro post.

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